dijous, de juliol 10, 2008

[ gz ] Giro à esquerda?

Artigo publicado por Tempos Dixital.

O pequeno partido liberal de Alemanha era definido co slogan seguinte: “o coraçom à esquerda e o peto à direita”. Com esta idea-força intentava sintetizar o feito de que havia que governar para a satisfaçom da mentalidade progressista sempre que o permitisse umha economia conservadora. Tal semelha ser a fórmula mágica de ZP.

Lendo estes dias nalguns mass media que o giro estratégico do PSOE aponta cara à esquerda polo feito de introduzir umha série de temas na agenda (eutanásia, direito de voto –só local– migrante, etc.), nom se deixa um de sorprender pola amnésia que justo umha vez que olha para estes assuntos esquece a política econômica que se prevê faça fronte à crise.

Medidas como as do desconto dos 400 euros per cápita de rebaixa em recursos sociais ou os dos 200 euros que, via mocidade, destinam-se a manter o preço dos pisos e justificar um modelo produtivo baseado na hipoteca, distam moito de ser políticas de esquerda. E isto por nom falar de temas tabu qual o copy-left (velai o canon) ou a renda básica, devidamente estigmatizada quando foi proposta por ERC e ICV.

Mas é que, enfim, tampouco as políticas que se adoitam considerar como mais “esquerdistas” resultam se-lo tanto. Assi, por exemplo, as leis de gênero ou dos matrimônios homosexuais som bem questionadas desde os movimentos feministas e queer pola sua inoperatividade na superaçom do patriarcado. E a retirada das tropas de Iraq? Apenas um voltar a colocar a política exterior no seu lugar tradicional, a maior satisfaçom do corpo diplomático.

Nom semelha, já que logo, que ZP arrisque a perder o centro político. Cousa distinta é se, parafraseando a Oskar Lafontaine, “nom há tantos dentistas como para que este centro mantenha umha maioria social”.